Briga interna na facção criminosa Família do Norte (FDN), que teve início no último domingo (26), deixou 55 mortos em presídios de Manaus, no Amazonas, em menos de 48 horas. As execuções ocorrem em meio a uma disputa entre os líderes da facção, José Roberto Barbosa, o Zé Roberto da Compensa, e João Pinto Carioca, o João Branco, pelo comando do grupo, conforme fontes do governo amazonense. Ambos estão em presídios federais. O Ministério da Justiça informou ter enviado tropas de reforço para o Amazonas.

Só na segunda-feira (27), agentes penitenciários encontraram 40 presos mortos durante vistorias em quatro unidades, a maior parte das mortes foi por asfixia. Quatro desses corpos estavam no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. No domingo, uma briga entre internos deixou 15 mortos durante o horário de visita dos familiares.

O ataque desencadeou confrontos dentro das celas no Centro de Detenção Provisória Masculino 1 (com 5 mortes), na Unidade Prisional do Puraquequara (6 mortes) e no Instituto Penal Antônio Andrade (25 mortes).

Reforço na segurança

Após os massacres, o governo federal decidiu enviar um reforço de segurança aos presídios do Amazonas, a pedido do Estado. A força-tarefa de Intervenção Penitenciária servirá para reforçar a atuação dos agentes penitenciários. O Estado já tem a presença da Força Nacional de Segurança Pública, que atua no policiamento ostensivo e no entorno das penitenciárias. Segundo o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), haverá cerca de 100 homens, para reforçar a segurança dos presídios.